Moreira de Azevedo — "Mosaico Brasileiro", pág. 15.
Irreverente nas suas sátiras, foi Gregório de Matos chamado em palácio pelo governador Caetano de Melo, o qual o proibiu de fazer versos, atacando fosse quem fosse. Dias depois passava o poeta por uma das ruas da Baía, quando viu duas mulheres eugalfinhadas, e em atitude ridícula. Fez uma corneta com as mãos, e pôs-se a gritar:
— Aqui d'El-Rei contra o sr. D. Caetano de Melo!
Acorreram populares, indagando o que era. E o poeta, aflito, de um lado para outro:
— Proibiu-me de fazer versos quando me oferecem assuntos como este!