Joaquim Nabuco — "Um estadista do Império", vol. I, pág. 85
Em 1843, a situação do Tesouro Imperial era das mais delicadas. Identificado com a sorte do país, Pedro II resolve abrir mão da quarta parte da sua dotação, para as urgências do Estado.
Levada à Câmara a notícia do fato,
Peixoto de Brito, palaciano assíduo, ergue vivas ao Imperador e declara seguir-lhe o exemplo abrindo mão da quarta parte do seu subsídio, insinuando à Câmara que esta devia fazer o mesmo.
A lembrança é recebida, porém, com reservas.
— Talvez o sr. deputado não seja casado, — interrompeu Carneiro da Cunha.
E fazendo rir a Câmara:
— Se fosse, julgo que não poderia logo, sem o consentimento de sua mulher, fazer esta cessão, porque a ela pertence a metade.