Moreira de Azevedo — "Mosaico Brasileiro", pág. 135.
Ao contrário do que se pode concluir das suas máximas, o marquês de Maricá não era um homem sisudo, grave, conceituoso, na palestra. Gostava de pilheriar com finura, tendo deixado, nesse terreno, alguns ditos interessantes.
Certo dia, estava ele à mesa, quando recebeu uma participação de casamento.
— Vamos, marquesa, — disse, pondo-se de pé; vamos quanto antes dar os parabéns aos noivos. Bom será que seja hoje mesmo.
— Hoje, marquês? Por que tanta pressa?
— Para não acontecer — respondeu ele, — o que sempre acontece; isto é, dar-se parabéns quando os noivos já estão arrependidos.