I


A historia de Pernambuco offerece-nos exemplos de heroismo e grandeza moral que podem figurar nos fastos dos maiores povos da antiguidade sem desdoural-os. Não são estes os unicos exemplos que despertam nossa attenção sempre que estudamos o passado desta illustre provincia, berço tradicional da liberdade brazileira. Merecem-nos particular meditação, ao lado dos que ahi se mostram dignos da gratidão da patria pelos nobres feitos com que a magnificaram, alguns vultos infelizes, em quem hoje venerariamos talvez modelos de altas e varonis virtudes, si certas circunstancias de tempo e lugar, que decidem dos destinos das nações e até da humanidade, não pudessem desnaturar os homens, tornando-os açoites das gerações coévas e algozes de si mesmos. Entra neste numero o protogonista da presente narrativa, o qual se celebrizou na carreira do crime, menos por maldade natural, do que pela crassa ignorancia que em seu tempo agrilhoava os bons instinctos e deixava soltas as paixões cannibaes. Autorizam-nos a formar este juizo do Cabelleira a tradição oral, os versos dos trovadores e algumas linhas da historia que trouxeram seu nome aos nossos dias envolto em uma grande lição.

Á sua audacia e atrocidades deve seu renome este heroe legendario para o qual não achamos par nas chronicas provinciaes. Durante muitos annos, ouvindo suas mãis ou suas aias cantarem as trovas commemorativas da vida e morte desse como Cid, ou Robin-Hood pernambucano, os meninos tomados de pavor, adormeceram mais depressa, do que si lhes contassem as proezas do lobishomem ou a historia do negro do surrão muito em voga entre o povo naquelles tempos.

Com a simplicidade irreprehensivel que é o primeiro ornamento das concepções do espirito popular, habilitam-nos esses trovadores a ajuizarmos do famoso valentão pela seguinte letra:

Fecha a porta, gente,
Cabelleira ahi vem,
Matando mulheres,
Meninos tambem.

O Cabelleira chamava-se José Gomes, e era filho de um mameluco por nome Joaquim Gomes, sujeito de más entranhas, dado á pratica dos mais hediondos crimes.

De parceria com um pardo de nome Theodosio que primou na astucia e nos inventos para se apossar do que lhe não pertencia, percorriam José e Joaquim o vasto perimetro da provincia em todas as direcções, deixando a sua passagem assignalada pelo roubo, pelo incendio, pela carnificina.

Um dia assentaram dar um assalto á propria villa do Recife.

As populações do interior, em sua maioria destituidas de bens da fortuna, e então muito mais espalhadas do que actualmente, pouco tinham já com que cevar a voracidade dos tres aventureiros a quem desde muito pagavam um triplo imposto consistente em viveres, dinheiro e sangue. O assalto foi resolvido em secreto conciliabulo dentro nas matas de Páo-d’alho onde mais de uma vez se haviam reunido para concertos identicos.

Na mesma hora aperceberam-se para a temeraria tentativa, e, com o arrojo que lhes era natural, puzeram-se a caminho contando de ante-mão com o feliz successo em que tinham posto a mira.

Á noticia da sua approximação a maior parte dos moradores, deixando os povoados, então muito fracos por não terem ainda a densidão que só um seculo depois tornou alguns delles respeitaveis, emigrou para os matos, unico abrigo com que lhes era permittido contar, embora se achassem a poucas leguas do Recife; taes houve que, não tendo tempo ou recursos para fugir aos crueis visitantes, lhes deram hospedagem como meio de não incorrerem no seu desagrado.

Ao declinar do dia seguinte eram elles na Estancia. Sentaram-se no adro da capella de taipa que fôra ahi levantada por Henrique Dias, para recordar aos vindouros que nesse lugar tivera elle o seu posto militar pelas guerras da restauração. Esse posto era d’entre todos o que ficava mais vizinho ao inimigo. Eloquente testemunho da bravura do troço da gente preta a quem a patria reservou distincta menção nas maiores paginas da historia colonial.

— É muito cedo para entrarmos na villa — disse o Cabelleira. E não será até melhor que o Theodosio vá primeiro que nós para assentar ainda com dia no meio mais certo de realizar a empreza?

— Tens razão, José Gomes — acrescentou Joaquim: o Theodosio, que é macaco velho, deve ir adiante a sondar as cousas. Para bater o pé ao inimigo e fazer frente a qualquer dunga, vocês sabem muito bem que eu sou cabra decidido; agora, para espertezas não contem comigo; isso é lá com o Theodosio qne é mestre em saberêtes; e ninguem lhe vai ao bojo.

Os tres malfeitores traziam comsigo bacamartes, parnahybas, facas e pistolas.

Cabelleira podia ter vinte e dous annos. A natureza o havia dotado com vigorosas fórmas. Sua fronte era estreita, os olhos pretos e languidos, o nariz pouco desenvolvido, os labios delgados como os de um menino. É de notar que a physionomia deste mancebo, velho na pratica do crime, tinha uma expressão de insinuante e jovial candidez.

Joaquim, que contava o duplo da idade de seu filho, era baixo, corpulento e menos feio que o Theodosio, o qual, posto que mais entrado em annos, sabia dar, quando queria, á cara romba e de cor fula uma apparencia de bestial simplicidade em que só uma vista perspicaz, e acostumada a ler no rosto as idéas e os sentimentos intimos, poderia descobrir a mais refinada hypocrisia.

— Entendo que é bem lembrado o que dizes, Cabelleira — acrescentou o cabra levantando-se; corro sem demora a armar o laço para apanhar o passarinho; ainda que, a bem dizer, já cá tenho o meu plano que ha de cahir tão certinho como S. João a vinte e quatro.

— E onde depois nos encontraremos? perguntou Joaquim vendo que o Theodosio se achava já de marcha para a villa.

— Não será o mais custoso. Esperarei por vocês debaixo da ingazeira da ponte.

Theodosio, não estando mais para conversa, conchegou o chapéo de palha á cabeça para que o vento não lh’o arrebatasse, e desappareceu em rapido marche-marche, por detraz dos matos que naquelle tempo enchiam ainda em sua maior parte a zona onde hoje se ostenta com suas graciosas habitações entre risonhos verdores a Passagem da Magdalena.

Antes que o sol descesse ao horizonte e as trevas envolvessem de todo a natureza, metteram-se o pai e o filho pelo caminho onde um quarto de hora atraz havia desapparecido o outro companheiro, alma do negocio e principal responsavel pelos perigos a que todos elles iam expôr talvez a propria vida.

A solidão estava sombria e triste.

Contavam-se então as casas por aquellas paragens. Em torno dellas o deserto começava a augmentar antes de pôr-se o sol. Uma lei cruel, a lei da necessidade, obrigava os moradores a trancar-se cêdo por bem da propria conservação.

Os roubos e assassinatos reproduziam-se com incrivel frequencia nos caminhos e até nas beiradas dos sitios.

Solidas habitações não tinham em muitos casos assegurado ás familias ineluctavel obstaculo ao assalto dos malfeitores. Triste época em que o despotismo tudo podia contra os cidadãos pacificos e bons, nada contra a parte cancerosa da sociedade!

A villa estava em festa. Foi no primeiro domingo de dezembro de 1773. Era governador Manoel da Cunha de Menezes, depois conde de Lumiar, joven fidalgo a quem a igreja pernambucana deve distinctos beneficios.

Com a data do 1.º daquelle mez tinha elle feito publicar um bando pelo qual ordenára aos moradores que puzessem luminarias em demonstração da alegria que causára á nação portugueza a abolição dos jesuitas em todo o orbe christão, pelo santo padre Clemente XIV.

No lugar onde hoje existe a formosa ponte Sete-de-setembro que liga o bairro do Recife ao de Santo-Antonio, via-se nessa época uma ponte de madeira, a qual fôra mandada construir em 1737 sobre os solidos pilares de pedra e cal da primitiva ponte, obra de Mauricio de Nassau, por Henrique Luiz Vieira Freire de Andrade, um dos governadores que mais honrada e benemerita memoria deixaram de si em Pernambuco.

Era uma rica construcção, nada menos do que uma rua suspensa sobre as aguas do rio Capibaribe, que passa ahi reunido ao Beberibe, depois de um curso de oitenta leguas por entre matas, por sobre pedras e ao pé de pittorescas villas, povoações e arrabaldes. De um e outro lado, excepto na parte central, que fôra guarnecida de bancos para recreio do publico, viam-se pequenos armazens de taipa de sebe em que se vendiam miudezas e ferragens. Estes armazens, que logo depois de promptos acharam alugadores, começaram a render a quantia de oitocentos mil réis annuaes, a qual no começo do seculo corrente se havia elevado á de quatro contos de réis. Com a fundação das casinhas sobreditas teve por fim o governador crear uma fonte de rendas destinada á conservação das pontes da provincia quasi todas nesse tempo em deploravel ruina. Destas obras com que dotou Pernambuco o genio desse illustre governador, não resta hoje o menor vestigio. Tudo desappareceu, tudo, até as arcadas hollandezas que ainda alcancei. O monumento das idades é mais depressa destruido pelos homens do que pelo tempo, esse consumidor que, com ser voraz, não deixa de respeitar a obra da virtude.

Á bocca da noite os dous aventureiros chegaram á parte do bairro da Boa-vista que é de nós conhecida por Ponte-velha. Raras casas mostravam-se então ahi.

A pouca distancia para o sul do lugar onde existíra a antiga ponte, nesse tempo já substituida pela da Boa-vista mandada construir por Henrique Luiz a quem já nos referimos, levantava-se na margem uma ingazeira idosa e ramalhuda. Abrindo sobre o rio a copa á semelhança de chapéo-de-sol, formava esta arvore uma vasta camarinha que servia de porto de abrigo aos canoeiros quando o vento era teso, e as marés puxavam com velocidade. Debaixo desse tecto protector as aguas corriam sempre mansas e bonançosas, e, sem primeiro descer ao pé do gigantesco vegetal, era difficil descobrir, pela densidão da sua folhagem, qualquer objecto ou ente que á sombra desta se acolhesse, ainda que estivesse o sol dardejando os seus luminosos raios. Fôra este o ponto de reunião indicado por Theodosio aos companheiros.

Dar com as primeiras casas illuminadas foi para os dous valentões motivo de justo espanto e receio. Não sabendo do regozijo official, e tendo bem presentes na consciencia os crimes que haviam commettido, logo lhes pareceu que seriam descobertos ao clarão das luzes, não se demorando o clamor publico, si assim acontecesse, a denuncial-os ás justiças de el-rei.

Pelo voto de Cabelleira tinha-se verificado no mesmo instante a volta ao deserto. Mas Joaquim cuja temeridade não conhecia limites, desprezando os conselhos do filho sobre o qual exercitava a tyrannia do despota primeiro que a autoridade do pai, foi fazer alto ao pé da ingazeira sobredita, tendo atravessado para chegar a este ponto as ruas mais publicas do nascente bairro da Boa-vista.

Profundo silencio reinava no vasto areal que guarnecia o rio por aquelle lado. As aguas mal se moviam. Desceram os dous á margem a ajuntar-se ao Theodosio conforme o convencionado, mas a sua expectativa foi illudida; não havia ahi viva alma; unicamente se mostrou aos seus olhos um corpo negro, oscillando debaixo da folhagem, ao brando ondear das aguas: era uma canôa que estava presa por uma corda ao tronco da ingazeira.

Depois de alguns momentos de espera não sem inquietação para os recem-chegados, um ruido que veio interromper o silencio reinante na margem, obrigou-os a pôr-se em armas por precaução. A corda rapidamente encurtando attrahiu sem auxilio visivel a canôa á margem e um corpulento canoeiro, nú da cintura para cima, arrastando uma vara pela mão, saltou á frente dos malfeitores.

— Sou eu, Cabelleira, sou eu.

— Theodosio ! Metteste-te em bôas.

— Eu estava escondido dentro na canôa para fazer um susto a vocês.

— A bom diabo te encommendaste hoje que o meu bacamarte mentiu fogo duas vezes — disse Cabelleira.

— Não fallemos mais nisso — acudiu Theodosio; celebraremos depois o caso. Por agora vamos ao que importa.

— Que é que ha?

— Não me estão vendo em figura de canoeiro? Vamos a ella emquanto é tempo.

Theodosio inclinou-se para passar aos dous um segrêdo que em pouco tempo foi por ambos comprehendido, e que entrou no mesmo instante a ser posto em execução pelos tres. O pai e o filho foram guardar as suas armas de fogo na canôa, e o cabra saltou novamente dentro nella e fez-se ao largo. Quem visse um instante depois o lenho resvalando na vasta superficie do rio á claridade dos astros da noite, juraria que nessa sombra fugitiva, nesse ponto que se perdeu por fim nos seios da escuridão, não ia mais que um canoeiro, sabedor das manhas das aguas e senhor dos meios de as vencer. Ia entretanto ahi uma maldade muito mais consideravel e perigosa, porque era hypocrita e estava disfarçada, do que a malvadez de Joaquim sempre alerta, e a impavidez de José sempre franco até na estrategia e na emboscada.

Estes dous ultimos, tanto que o cabra se afastou da margem, atravessaram a ponte da Boa-vista e, ladeando o canal que cercava Santo Antonio pelo lado occidental e ia encher ao sul as vallas da fortaleza das Cinco-pontas, e ao norte as do forte Ernesto, hoje inteiramente desapparecido, passaram em frente do palacio do governador e por este forte, o qual ficava pouco adiante do convento de S. Francisco, e entraram na ponte do Recife que apresentava uma vista magestosa e deslumbrante. Columnas e arcos triumphaes profusamente illuminados tinham sido alli erguidos a iguaes distancias. Ao som das musicas marciaes, o povo percorria o aereo passeio entre risos e folgares.

Ainda bem não se haviam os malfeitores confundido com os passeiantes, quando se ouviu um grito arrancado pelo panico terror de um matuto que os conhecêra.

— O Cabelleira! O Cabelleira! Grandes desgraças vamos ter, minha gente! — clamou o malavisado roceiro.

Estas palavras cahiram como raios mortiferos no meio da multidão que se entregava, incuidosa e confiante, ao regozijo official.

A confusão foi indescriptivel. Ás expansões da publica alegria succederam as demonstrações do geral terror. Homens, mulheres, crianças atropellaram-se, correndo, fugindo, gritando, cahindo como impellidos por infernal cyclone. A fama do Cabelleira tinha, não sem razão, creado na imaginação do povo um phantasma sanguinario que naquelle momento se animou no espirito de todos e a todos ameaçou com inevitavel exterminio.

Ouvindo aquellas palavras e sendo assim sorprendidos por uma occurrencia com que não contavam, os dous malfeitores instinctivamente bateram mãos das parnahybas primeiro para se defenderem, por lhes parecer que corria a sua liberdade imminente perigo, que para investirem com a massa ingente, a qual aliás fugia como rebanho apavorado pela presença das onças. Os seus gestos concorreram para augmentar o terror da multidão, a qual, mal interpretando-os, imaginou que ia ter começo a carnificina.

— Sim, é o Cabelleira, gente fraca. Elle não vem só, vem seu pai tambem [1] — gritou José Gomes, cujo rosto começou a annuviar-se.

Joaquim, feroz por natureza, sanguinario por longo habito, descarregou a parnahyba sobre a cabeça do primeiro que acertou de passar por junto delle. A cutilada foi certeira, e o sangue da victima, espadanando contra a face do matador, deixou ahi estampada uma mascara vermelha atravez da qual só se viam brilhar os olhos felinos daquelle animal humano.

José Gomes, por irresistivel força do instincto que muitas vezes o trahiu aos olhos do carniceiro pai, voltou-se de chofre e lhe disse:

— Para que matar si elles fogem de nós?

— Matar sempre, Zé Gomes — retorquio o mameluco com as narinas dilatadas pelo odor do sangue fresco e quente que do rosto lhe descia aos labios e destes penetrava na bocca cerval. Não temos aqui um só amigo. Todos nos querem mal. É preciso fazer a obra bem feita.

Este homem era o genio da destruição e do crime. Por sua bocca fallavam as baixas paixões que á sombra da ignorancia, da impunidade e das florestas haviam crescido sem freio e lhe tinham apagado os lampejos da consciencia racional que todo homem traz do berço, ainda aquelles que vem a ser depois truculentos e consummados sicarios.

Seu coração estava empedernido, seu senso moral obcecado.

Nenhum sentimento brando e terno, nenhum pensamento elevado exercitava a sua salutar influencia nas acções deste ente degenerado e infeliz.

— Estás com medo, Zé Gomes, deste poviléo? Parece-me ver-te fraquear. Por minha benção e maldição te ordeno que me ajudes a fazer o bonito emquanto é tempo. Não sejas molle, Zé Gomes; sê valentão como é teu pai. [2]

Tendo ouvido estas palavras, o Cabelleira, em cuja vontade exercitava Joaquim irresistivel poder, fez-se furia descommunal e, atirando-se no meio do concurso de gente, foi acutilando a quem encontrou com diabolico desabrimento. Como dous raios exterminadores, descreviam pai e filho no seio da massa revolta desordenadas e vertiginosas ellipses.

A geral consternação teria cessado em poucos instantes si o povo pudesse escapar pelas duas entradas da ponte. Achavam-se porém estas já tomadas por piquetes de infantaria ás pressas organizados para embargarem a fuga aos matadores e reduzil-os á prisão.

Á medida que estes piquetes se foram movendo das extremidades para o centro, a populaça obrigada a aproximar-se dos assassinos, preferio a este perigo atirar-se ao rio, e a baldeação não se fez esperar.

Em poucos momentos os perturbadores da ordem acharam-se debaixo das vistas da força publica. O lugar da scena estava quasi inteiramente desoccupado. As columnas militares operaram um movimento unico, indescriptivel. Carregaram sem demora sobre os delinquentes que, á vista da estreiteza do passo e do cerco, só nas aguas poderam, como as suas victimas, achar salvação.

Um soldado, impellido talvez primeiro pelo impeto da paixão que pela consciencia do dever, o qual em occasiões iguaes áquella raramente falla mais alto que os instinctos animaes, atirou-se de arma em punho após os assassinos com o fim de apprehender um dos dous, ainda que lhe custasse a propria vida. Não logrou o seu intento este valente defensor da sociedade e da lei. Quando sua mão tocava em um dos delinquentes, de cima de uma canôa que nesse momento desatracára da ponte, desfecharam-lhe com a vara tão forte golpe sobre a cabeça, que o infeliz, perdendo os sentidos, foi arrebatado pela corrente. Igual scena se presenciou em 1821, figurando como victima João Souto-maior que procurára salvar-se no rio depois de haver ferido com um tiro de bacamarte na ponte da Boa-vista o governador Luiz do Rego Barreto.

Assim se passou na villa do Recife a noite do primeiro domingo de dezembro de 1773, noite memoravel, que principiou pela alegria e terminou pelo terror publico.

Notas do autor editar

  1. A trova popular diz:

    Corram, minha gente
    Cabeleira ahi vem;
    Elle não vem só,
    Vem seu pai tambem.

  2. Dizem os trovadores:

    Meu pai me pedio
    Por sua benção
    Que eu não fosse molle,
    Fosse valentão.