Olha. O Filho do Céo, em throno de ouro,
E adornado com ricas pedrarias,
Os mandarins escuta: — um sol parece
De estrellas rodeado.
Os mandarins discutem gravemente
Cousas muito mais graves. E elle? Foge-lhe
O pensamento inquieto e distrahido
Pela janella aberta.
Além, no pavilhão de porcellana,
Entre donas gentis está sentada
A imperatriz, qual flôr radiante e pura
Entre viçosas folhas.
Pensa no amado esposo, arde por vêl-o,
Prolonga-se-lhe a ausencia, agita o leque...
Do imperador ao rosto um sopro chega
De rescendente briza.
«Vem della este perfume,» diz, e abrindo
Caminho ao pavilhão da amada esposa,
Deixa na sala olhando-se em silencio
Os mandarins pasmados.