pela letra de Barbosa, um cursivo feio, muito legível. Era evidentemente uma série de impressões lançadas no papel sur place, no momento mesmo em que se tinham produzido, inconexas, cortadas de reticências.

Lenita leu:

O trem ia partir.

Ela estava na plataforma da Estação da Luz, com o marido, em bota-fora de não sei quem.

Olhou-me, eu a olhei; ela baixou os olhos, uns grandes olhos verdes; corou. O braço esquerdo estava passado no do marido enfastiadamente, aborrecidamente; o direito, em abandono, pendia-lhe ao longo do corpo, forte, musculoso, muito branco. A mão estava sem luva, era pequenina, bem feita, anho no anelar uma marquesa de muito brilho. Levantou os olhos, encarou-me, tomou a baixá-los,