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A dança do destino
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ela isto, com lindas joias como tem? E apenas um capricho de doente.

Lia, seguindo-a com o olhar marejado de lagrimas, viu-a afastar-se com o seu pequenino tesouro.

Chorou, chorou muito, e, nessa noite, sonhou que uma visão caminhava para ela envolta num manto branco. Era, decerto, Nossa Senhora, mas com as feições da mãe. Sorria-lhe suavemente, e, na doçura das suas tépidas caricias, com beijos enternecedores enxugava-lhe o pranto.

Viu então as contas da pulseira transformarem-se em serpentes, que queriam enroscar-se-lhe nos braços, com grandes lingnas de fogo que a queimavam; e ela, apavorada, afastando-as de si com uma enorme repugnancia, aconchegava-se da mãe, que, resguar- dando-a com o seu manto constelado de estrelas, lhe dizia docemente:

— Não chores mais, minha filha, vé que perdes as perolas dos teus olhos, que valem mais que as contas da pulseira! Esta foi minorar um sofrimento. Se não voltar mais, que importa? Talvez que, assim, sejas mais feliz!...

Mas não, Lia não foi feliz, e comtudo a pulseira não voltou mais.

 
IV
 

Passados tempos teve a mãe que se afastar para mais longe.

Tendo de partir para a capital por causa da edu-