Desenrolava-se uma fita de arte.
Era a protagonista uma rapariguita de 14 a 15 anos.
Uma quadrilha de gatunos explorava-a, fazendo-a atrahir os incautos para os roubarem. A pobre creaturinha era obrigada, por maus tratos, a acompanhá-los nas emprezas mais arriscadas.
Não faltava a repelente megera, alcoolica e coberta de farrapos, a moê-la de paucadas, fazendo-a dançar nas tabernas, com os apaches, até cahir exhausta e sufocada pela tosse. E n'um desdobramento de torpezas e degradações, a misera creaturinha, rolava de vergonha em vergonha, até expirar, minada pela tuberculose, uum triste leito do hospital.
Todo um drama pungente de miseria e desgraça, cuja heroina era uma pobre creança, abandonada pela mãe!...
Maria Julia levantou-se de repelão, os olhos razos de lagrimas, e numa voz titubiante dizia:
— Ar! preciso de ar! snfoca-se aqui.
Arthur, muito inquieto ao dar-lhe o braço, propunha irem para casa, mas ela precisava de respirar livremente, e dizia:
— Não, não quero! com um pouco de ar passa; não é nada.
Abancaram cá fóra, e com grande alegria dos amigos, Arthur mandou vir champagne. Agora sim, com o champagne tudo passava e a Maria Julia ia ficar optima.
— Que era muito chic, dizia o do monoculo; —