manhãs aproveitaria em passeios com a governanta do pai.

A baronesa protestou indignada:

– Mais essa! andar uma menina de boa família colada às saias encardidas de uma mulher suspeita, por essas ruas da cidade! Não faltava mais nada...

Padre Assunção interveio:

– Consinta na primeira experiência. D. Alice parece-me severa e digna de toda a confiança. Confesso-lhe que sinto uma certa curiosidade pela direção que ela vai dando aos gostos da nossa Maria... Prometo velar pela sua neta.

– Ah! Padre Assunção, a República estragou a nossa terra! Agora qualquer criatura parece digna de toda a confiança... Quem nos dirá quais as intenções daquela criatura? Por mim tenho medo, apesar da sua vigilância...

Glória zangou-se e fugia, aos repelões, dos braços da avó. Não haveria remédio senão ceder à vontade da criança, e a baronesa cedeu, molestada, enfraquecida.

Na primeira segunda-feira o padre Assunção recebeu muito cedo uma cartinha da baronesa:

“Glória está nas Laranjeiras; é hoje o dia determinado para o seu passeio. Confio-a à sua guarda; olhe por ela. – Luiza”.

Assunção telegrafou a Alice. Esperá-la-ia no largo do Machado, às três horas.