lamparina juntava-se o de manjericão, num copo.

D. Alexandrina retirou um baralho de cartas de uma gaveta, pousou-o sobre a mesinha redonda, junto à qual se sentaram e, pedindo com um gesto à baronesa que esperasse, voltou-se para o oratório e rezou baixo, com os olhos e o queixinho a tremer-lhe.

Finda a reza, a cartomante pediu à baronesa que partisse o seu baralho, de grandes cartas, e começou a operação.

– A senhora tem uma inimiga...

A baronesa fez que sim com a cabeça.

– É uma mulher má, que abusa da sua confiança...

– Da minha confiança?!

– Repito o que está nas cartas... A senhora tem a receber uma grande herança...

– Não...

– Sim... daqui a um ano... Mas deve mudar-se da casa em que está, antes que lhe suceda um desastre... A sua inimiga é moça, é bonita e é pertinaz; ela alcançará tudo que deseja, se a senhora não se atravessar no seu caminho... Ela finge amar seu marido, por cálculo...

– Meu marido, não... meu genro! – retificou a baronesa, ofendida.

– A carta... diz um cavalheiro que a interessa... cuidei que se tratasse de seu esposo. Será seu genro...