tudo. Outro dia pareceu-me, não afirmo, vê-la pôr um raminho verde embaixo das camisas de meia... A senhora sabe que há certas artes de feitiçaria que só o diabo as entende... ela depois fecha tudo a chave... Quem poderá livrar o patrão?
– O anjo custódio de minha filha! Feliciano, consta-me que ela ama um moço pobre e que o encontra de vez em quando. Fala a verdade... ele não vai lá nunca?
– Pobres vão lá... às vezes até tenho vontade de enxotar aquela canalha toda... mas o patrão deu licença...
– Impostora! Que dinheiro ela ganha para poder fazer tanta caridade!
– Não, senhora, são os restos... ela tem lá uns devotos para a ceia...
– A despensa está bem sortida!
– A senhora não fale nisso ao patrão, porque ele disse outro dia ao padre Assunção, à minha vista, que nunca em sua vida teve casa tão bem administrada como agora!
– Nunca, em sua vida?!
– Depois que d. Maria faleceu...
– Ah...
– Agora me lembro que foi lá um dia um moço procurar a d. Alice!
– E...
– Foi numa segunda-feira; ela tinha saído com d. Glória.