ou penetrar no corredor, cansado de esperar, numa impaciência que o adoecia.
Eram quase dez horas quando ouviu rumor de vozes e reconheceu a de Alice. Depois a moça reapareceu, puxando a porta sobre si.
A casa, impenetrável, guardava o seu segredo. Alice deslizava na sombra com o mesmo passo apressado. Dir-se-ia que igual desejo a levava ao ponto de onde partira três horas antes!
Desnorteado, Feliciano hesitava se deveria acompanhar Alice, cujo destino conhecia, se ficar mais alguns instantes esperando alguém que porventura saísse daquela casa. Alice nunca entrava nas suas quartas-feiras depois das dez horas; logo, ela marchava para o Cosme Velho. Interessava-o agora quem ficava ali. Começaram a cair grossos pingos de chuva e a escuridão era apenas dissimulada pelos lampiões de gás. Já sem receio de ser surpreendido, Feliciano verificou o número da porta por onde Alice saíra, mas só se afastou quando ouviu que a ferrolhavam de dentro.
“Quem estava, fica... logo, vou-me embora”. E ele voltou, intrigado, aborrecido, com maior ódio ainda por aquela mulher que se lhe escapava de entre os dedos fracos quando julgava prendê-la para toda a vida!
Enfim, já sabia alguma coisa: aprendera o