O negro, a pequena distância, ia atrás dela, dando graças ao vento que fazia ulular o arvoredo da praça, abafando outros rumores. Na rua Bento Lisboa, Alice acelerou a marcha. Parecia levada por um grande desejo. Feliciano espiava-a aflito, numa ansiedade!

A sua admiração era não ver aparecer um homem, a quem ela desse o braço, que a comprometesse e o ajudasse na intriga... De resto, ele não queria crer, queria denunciar!

De repente estacou; a moça sumira-se na portinha negra de uma casa antiga, meio arruinada.

Feliciano passou, tornou a voltar, sondou com olhar atrevido o corredor escuro, procurou ver se estaria alguém a quem pudesse fazer qualquer pergunta na vizinhança, encostou-se a um umbral fronteiro e esperou, indignado, contra aquelas paredes, que um murro de homem deitaria abaixo e que lhe escondiam o mistério desejado!

O vento e o pó obrigavam os moradores do lugar à reclusão. As janelas fechadas estristeciam a rua ordinariamente animada. Que se passaria lá dentro?

Feliciano esteve uma ou duas horas à espera, como um vigia cuidadoso, firme no seu posto. Nem uma réstia, um tênue fio de luz vinha cortar a treva daquela fachada muda!

O negro tinha ímpetos de ir encostar o ouvido às janelas