feia, não digo isto por minha parte, creio que ele não arranjaria nada. O caso não dependia de mim, mas de quem “mais caso faz da formosura alheia”!

Armindo interrompeu o assunto para sorver um gole de Chartreuse.

O padre Assunção, talvez para desviar o assunto mal encaminhado, por achar a propósito o trecho ou para fazê-lo notar a Adolfo Caldas, leu alto uma frase:

“... um pecado chama outro pecado, e este outro vem logo acompanhado até criar devassidão e ficarem em estado de se darem por sem remédio. Miserabilíssimo estado que abre as portas de par em par a todo o gênero de vício e apaga toda a memória do Céu e da Eternidade”.

Padre Assunção fechou o volumezinho de Frei Luiz de Sousa, pô-lo na estante e foi sentar-se ao lado de Argemiro.

Estava à espera de uma estiada para se ir embora; mas a chuva caía em torrentes fortes e continuadas. Houve um momento mesmo em que a tempestade pareceu recrudescer de fúria. Assunção confessou:

– Estou com medo que o temporal desta tarde tenha quebrado a amendoeira do meu quintal...

Os jogadores estavam absorvidos; mal o ouviram. Daí a pedaço, já desinteressado do pôquer e prestando atenção à bulha das águas, Argemiro propôs