– Não... não é tanto assim!

– Desde que o Argemiro tem aquela peste em casa...

– Que está satisfeito e tem o seu lar em ordem. Se em vez de ser sogra fosses mãe dele, tu bendirias essa pobre rapariga... Tem juízo, minha filha, não vivas com os olhos fixos num fantasma e pensa na realidade das coisas.

– Seria bom... se o Argemiro não violasse o juramento que fez... ao fantasma... como tu lhe chamas!

– Escuta; quando ele jurou fez bem em jurar. Acreditava então poder cumprir tal juramento, e caso mesmo não acreditasse juraria do mesmo modo, porque essa era a vontade de uma moribunda. Nossa filha morreu sorrindo, graças a essa promessa. Não me interrompas! O Argemiro foi um marido raro, amoroso, sério e deu à mulher a mais ampla e perfeita felicidade. Ela acabou. Ele foi (se ainda o não é) fiel à sua memória por muitos anos. Se agora tivesse alguma paixão, não terias que dizer. Ele ainda é moço, e essa circunstância basta para explicar tudo. Somos-lhe obrigados.

– Achas então muito natural e muito bonito que ele ponha a filha em contato com a...

– Não acabes...

– Também tu a defendes!

– Também eu!

– Mas não a conheces!