uma mulher; é uma alma, que me não constrange absolutamente em nada. Levanto-me, deito-me, saio, entro, janto, converso, ralho ou rio, sem ter que dar por isso a mínima satisfação a ninguém. Vais ver agora! Minha sogra e ela são incompatíveis...
– Talvez não...
– Sim, com certeza! Abre-se a guerra. A moça sai. O Feliciano readquire o perdido prestígio. Começa o desbarato dos charutos, das camisas engomadas e das gravatas. A mobília ficará com pó; a comida será atirada para os pratos como para os cães. Minha sogra, velha e pesada, não poderá subir e descer as escadas na fiscalização dos quartos. Os retratos de Maria aparecerão rodeados de perpétuas e sempre-vivas, flores da minha especial embirração; aquele perfume suave que me entrou em casa com esta rapariga, desaparecerá com ela; abrirão a porta do galinheiro para o jardim e secarão roupas no gradil do terraço do fundo... Verás! À noite não poderei passear no meu quarto, como costumo fazer, com receio de incomodar a mamãe, que tem sono leve e sofre de enxaquecas; e terei mesmo, para sossegá-la, de apagar a vela muito antes de adormecer, porque tem medo de incêndios!...
Assunção sorriu.
– Que pretexto dá para essa resolução?