– Doença. Está doente e precisa vir morar ao pé dos médicos!...

– Efetivamente, achei-a abatida outro dia...

– A doença dela, sabes qual é? Ciúmes! Vem vigiar-me... pôr obstáculos... fazer cenas... Como se eu me sujeitasse!

– Não...

– Não?! És inocente! Mas eu fujo, invento uma viagem. Parto!

– Para onde?

– Não sei... para o inferno.

– Pobre senhora...

– Eu adoro-a, Assunção! Adoro-a lá, à sombra das suas mangueiras, afundada na sua cadeira de balanço, cheirando a alecrim e dizendo as coisas maternais que sabe dizer. Mas em minha casa atrapalha-me... desarranja-me a vida... altera-me o sossego. Pensa comigo: minha sogra pode viver em companhia de Alice?

– Pode...

– Como?!

– Pedindo-lhe para não se imiscuir em nada na direção da casa...

– Seria bom se ela não viesse já com o propósito de suprimir a outra. Engole-a. Verás que a engole logo na primeira entrevista.

– Exageras...

– Estás convencido disto, tão bem como eu. Não a defendas, nem disfarces!

– Quem te deu essa notícia, o barão?