todas as vezes que dizia essas duas sílabas amadas.
A baronesa era uma senhora gorda, alta, de lindos olhos negros e cabelos completamente brancos.
Tinha as faces flácidas, a carne do pescoço descaída, a boca larga, a testa curta e ainda roubada pela espessura das sobrancelhas escuras. Cosia sentada em uma cadeira de balanço, ao lado de uma mesa redonda, coberta de um pano escuro e onde floria em um vaso um ramo de crisântemos pálidos.
– Benvindos sejais! – exclamou ela com a sua voz forte, de contralto.
Argemiro beijou-lhe a mão e sentou-se a seu lado. Caldas entreteve-se a conversar com o barão, que, pedida a vênia, cobrira com o boné de seda os seus cabelos brancos e encaracolados.
– Então, meu filho, como acha sua filha?
– Forte... muito alta!
– Cresce de dia para dia! Se não vivesse no campo, com esta liberdade, não sei que seria... Precisa ralhar com ela; está muito voluntariosa...
– Tem a quem sair...
– A mãe era um cordeirinho...
– Mas a avó é enérgica. E eu...
– Você é um homem. Sua mulher puxava toda ao tipo do pai; Gloriazinha saiu mais a mim... olhe para aquelas sobrancelhas!...