conservo a lembrança mais terna e constante de minha mulher: ela é o amor de meu coração, enquanto todas as outras são divertimentos dos meus olhos e o passatempo de minha vida. Eis, finalmente, a história de meus amores!... Tais foram as razões que me tornaram borboleta de amor.

Terminando assim, Augusto ia respirar um instante, quando pela segunda vez lhe pareceu ouvir ruído na porta da gruta.

— Alguém nos escuta, disse ele, como da outra vez.

— E talvez uma nova ilusão... respondeu a digna hóspeda.

— Não, minha senhora; eu ouvi distintamente a bulha de uma pessoa que corre, tornou Augusto, dirigindo-se à entrada da gruta e observando ao derredor dela.

Então?... perguntou a sra. d. Ana.

— Enganei-me, na verdade.

— Mas vê alguém?...

— Apenas lá vejo a sua bela neta, a sra. d. Carolina, que se precipita com a maior graça do mundo sobre uma borboleta que lhe foge, e que ela procura prender.

— Uma borboleta...