E quem tem a culpa de tudo, senhora?
— Muito a tempo ainda me lança em rosto a parte que tenho na sua infidelidade; pois, eu emendarei a mão agora. O senhor há de cumprir a palavra que deu há sete anos!
Augusto recuou dois passos.
— O senhor é um moço honrado, continuou a cruel Moreninha, e, portanto, cumprirá a palavra que deu, e só casará com sua desposada antiga.
— Oh!... Agora já é impossível!
— Ela deve ser uma bonita moça! ... Teria razão de queixar-se contra mim, se eu roubasse um coração que lhe pertence... até por direito de antiguidade; ora, eu, apesar de ser travessa, não sou má, e, portanto, o senhor só será esposo dessa menina.
— Jamais!
— Juro-lhe que há de sê-lo.
— E quem me poderá obrigar?
— Eu, pedindo.
— A senhora?
— E a honra, mandando.
— Para que, pois, animou o amor que pela senhora sinto?...
— Para satisfazer a minha vaidade de moça, somente para isso. Eu o ouvi gabar-se de que