a senhora brincar nos seus lábios o sorriso com que costuma encantar para matar; penso...

— Acabe!

— Penso que devo fugir para sempre desta ilha fatal, deixar aquela cidade detestável, abandonar esta terra de minha pátria, onde não posso ser outra vez feliz!... Penso que a lembrança do meu passado faz a minha desgraça, que o presente me enlouquece e me mata, que o futuro... Oh! Já não haverá futuro para mim! Adeus, senhora!

— Então, parte?...

— E para sempre.

D. Carolina deixou cair uma lágrima e falou ainda, mas já com voz fraca e trêmula:

— Sim, deve partir... vá... Talvez encontre aquela a quem jurou amor eterno... Ah! Senhor! Nunca lhe seja perjuro.

— Se eu a encontrasse!

— Então?... Que faria?...

— Atirar-me-ia a seus pés, abraçar-me-ia com eles e lhe diria:

"Perdoai-me, perdoai-me, senhora, eu já não posso ser vosso esposo! Tomai a prenda que me deste..."

E o infeliz amante arrancou debaixo da camisa um breve, que convulsivamente apertou na mão.