está compondo enigmas.

— Não o interrompam, deixem-no apresentar o seu programa amoroso.

— Sim, minhas senhoras, continuou Augusto; vamos ao desenvolvimento da primeira proposição.

— Ouçam! Ouçam!

— A minha inconstância é natural, justa e, sem dúvida, estimável. Eu vejo uma senhora bela: amo-a, não porque ela é senhora... mas porque é bela; logo, eu amo a beleza. Ora, esse atributo não foi exclusivamente dado a uma senhora, e quando o encontro em outra, fora injustiça que eu desprezasse nesta aquilo mesmo que eu tanto amei na primeira.

— Bravo! ... Viva o raciocínio!

— Mais ainda. Todo mundo sabe que não há quem nasça perfeito. Suponhamos que eu estou na agradável companhia de três jovens, todas são lindas; a primeira vence a segunda na delicadeza do talhe, esta supera aquela na ternura do olhar e na graça dos sorrisos, e a terceira, enfim, ganha-as na sublime harmonia de umas bastas madeixas negras, coroando um rosto romanticamente pálido; ora, bem se vê que