É ela a Tempestade...! Ergue-se um fumo
De cúmulos, o pó que se alevanta
Á roda, á frente, a indicar-lhe o rumo...

É ela a Tempestade...! Baila e canta!
E todo o Mundo, á sua vista e voz,
Acorda de repente e se levanta;

E em febre, amôr, delírio ou medo atroz,
Formando a mais demente multidão,
Tudo vem vê-la em seu girar veloz.

Das espirais do aereo turbilhão
Já se entrevê a rápida figura,
Feita de vento, fogo e exaltação.

Matéria que o delírio transfigura
Seu corpo agora é todo espiritual,
Plásmica labareda, Esséncia pura.