Mas debalde rugis, brutos ferozes!
Mas debalde cantais, formosas aves!
Mas debalde incensais, mimosas flores!
Nem canticos suaves,
nem magicos olores,
nem temerosas vozes o alegrarão jamais! Para a tristeza atroz, profunda, immensa, que o devora, nem todo o rir, que alegra a natureza, nem toda a luz com que se enfeita a aurora.
Ó meu rio natal! quanto, oh! quanto eu pareço-me comtigo! Eu, que no fundo do meu ser abrigo uma noite escurissima e fatal, como tu, sob um céo puro e risonho, entre o riso, o prazer, o gozo e a calma, passo entregue aos phantasmas do meu sonho
e ás trevas de minh′alma.
Dá-se ainda no rio Negro um phenomeno digno de nota, de que já fômos testemunha.
Dois ou três dias antes do termo da enchente, cobre-se o céo de espessas nuvens, que os raios do sol não logram atravessar, gozando-se em Manáos um delicioso clima: sente-se frio, propriamente.
D′ahi a denominação de — friagem — que se dá ao phenomeno.
No fim do terceiro dia dissipam-se as nuvens, o sol resplandece e o rio começa immediatamente a baixar.
Dizem que se observa idêntico phenomeno em outros afíluentes do Amazonas.
Além dos citados, muitos outros grandes rios cortam o territorio brazileiro. Vejamos alguns dos de maior curso: 'Paraná 4.390 kilometros, banha os Estados de Minas