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somente g-uardadas nas entranhas da terra: encontram-se com fartura também no leito dos rios, nas próprias pedras dsa montanhas.

Obedecendo ao prog-ramma deste livro, não nos podemos furtar ao prazer de mostrar-vos mais uma expressiva nota, que nos proporciona, em seu bello trabalho, o D′ Severiano da Fonseca:

«O BurijtisaJ», diz elle, «abaixo do ribeirão de Diamantino é hoje uma tapera, como quasi todos os antigos povoados da capitania. Sua casaria de telha attesta-lhe ainda a antiga importância. Seus poucos habitantes passam a vida em descuidosa indolência, trabalhando somente quando a necessidade os obriga. Consiste o trabalho na cata de diamantes, que vão buscar no fundo do rio: para isso vão sempre dois companheiros com um haquité, preso a uma corda. Baquité é o sambiirá que os Índios costumam trazer ás costas. Dos companheiros, um segura na corda, e o outro mergulha no rio e enche o cesto de areia e cascalho, que o primeiro retira; repetindo-se a operação uma meia dúzia de vezes. Lavam então as areias, e o resultado dá-lhes sempre para passarem uma semana ou duas, de gáudio, bebendo restillo e tocando viola.» (*)

Gomo nos rios, oíFerece a natureza nas praias e rochas opulentos thesouros!

A monaz-ita, por exemplo, apreciado metal a que a industria tem dado diíferentes e importantes applicações, abunda extraordinariamente no Brazil, fornecendo as areias que a contêm, areias similhantes a puro ouro em pó, carregamentos colossaes a navios que as conduzem á Inglaterra e aos Estodos Unidos da America do Norte.

No intuito de bem vos esclarecer sobre esse precioso producto, lede as palavras de competente technico:

n Vide a respectiva estampa á pagina 97.