inimigo, e Barroso, já coberto de glorias, destroça os navios
paraguayos e liberta a Parnahyha, que, desencalhando,
toma ainda activa parte na lucta.
p]ntre outras considerações sobre a notável batalha, assim se pronunciou o Ministro da Marinha de então, Francisco de Paula da Silveira Lobo, no relatório do anno de 186G:
«Os bellos feitos de nossa marinlia realçam pela approvação insuspeita das grandes potencias.
O combate de Riachnelo, acto de bravura, ousadia e intelligencia de um chefe venerável, e de alguns jovens commandantes, mereceu descripção minuciosa e a critica profissional dos primeiros jornaes da Europa. Jamais se vira, desde o emprego do vapor nas evoluções navaes (e em theatro tão singular), esquadra contra esquadi-a disputando a victoria.
Foi um facto nos annaes da marinha a vapor, que veiu mostrar em grande o magnifico quadro do desejado conflicto, que até então apenas se dera em pelejas parciaes, sem resolver definitivamente a questão. Tivemos a opportunidade de resolvel-a, acceitando o combate de muitos vapores (*). O exemplo dado serve hoje de thema a novas apreciações, e pretende-se que muito vale na arte da guerra.
Não houve monitores neste memorável combate; mas o génio militar do nosso chefe suppriu a deficiência, fazendo ariete de seu próprio navio, vapor de rodas, e de calado superior ao que convinha ao atrevimento das evoluções.»
Ao insigne pincel de Victor Meirelles, de quem já vos temos mostrado outras bellas composições, devemos, como já sabeis, a grandiosa tela cuja, reproducção aqui vedes, representando justamente o momento da batalha em que a
O As forças pnraguayas conslíivam de 9 vapores, 7 baterias ttuctuantes, uma bateria de terra, corpo de fusiieiros do Coronel Bruguez e duas estativas de fogueies a cor greve, compreliendendo tudo 67 boccas de fogo e 5000 homens; ao passo que o Brazil dispunl)a de 9 vapores com 59 boccas de fogo e 2287 homens.