com a Cora, com a Valtesse, e com um rapaz muito chic, um principe...» O que o Rinchão tinha visto! o que o Rinchão tinha gozado! Uma condessa italiana, delirante, parenta do Papa, e chamada Popotte, amára-o, levára-o aos Campos-Elyseos na sua victoria — cujo velho brazão eram dois chavelhos encruzados. Jantára em restaurantes onde a luz vinha de serpentinas d’ouro, e os criados, macilentos e graves, lhe chamavam respeitosamente Mr. le Comte. E o Acazar, com festões de gaz entre as arvores, e a Paulina cantando, de braços nús, o Chouriço de Marselha— revelára-lhe a verdade, a grandeza da civilisação.

— Viste Victor Hugo? perguntou um rapaz de lunetas pretas, que roía as unhas.

— Não, nunca andava cá na roda chic!

Toda essa semana, então, a idéa de vêr Paris brilhou incessantemente no meu espirito, tentadora e cheia de suaves promessas... E era menos o appetite d’esses gozos do Orgulho e da Carne com que se abarrotára o Rinchão, que a anciedade de deixar Lisboa, onde igrejas e lojas, claro rio e claro céo, só me lembravam a Adelia, o homem amargo de capa á hespanhola, o beijo na orelha perdido para sempre... Ah! se a titi abrisse a sua bolsa de sêda verde, me