o oratorio, nenhum dos seus galhos impediria que o figado d’essa hedionda senhora inchasse e se desfizesse... E isto foi, entre nós, n’esse ermo, como um pacto taciturno, profundo e mortal.

Mas era esta realmente a Arvore d’Espinhos? A rapidez da sua condescendencia fazia-me suspeitar a excellencia da sua divindade. Resolvi consultar o solido, sapientissimo Topsius.

Corri á fonte de Elyseo, onde elle rebuscava pedras, lascas, lixos, restos da orgulhosa Cidade das Palmeiras. Avistei logo o luminoso historiographo acocorado junto a uma poça d’agua, com os oculos sôfregos, esgarafunhando um pedaço de pilastra negra, meia enterrada no lodo. Ao lado um burro, esquecido da herva tenra, contemplava philosophicamente e com melancolia o afan, a paixão d’aquelle sabio, de rastos no chão, á procura das Thermas de Herodes.

Contei a Topsius o meu achado, a minha incerteza... Elle ergueu-se logo, serviçal, zeloso, presto ás lides do Saber.

— Um arbusto d’espinhos? murmurava, estancando o suor. Ha de ser o Nabka... Banalissimo em toda a Syria! Hasselquist, o botanico, pretende que d’ahi se fez a Corôa d’Espinhos... Tem umas folhinhas verdes,