Ao outro dia, casualmente, entrei no jardim de S. Pedro d’Alcantara — sitio que não pizára desde os meus annos de latim. E mal dera alguns passos, entre os canteiros, encontrei o meu antigo Chrispim, filho de Telles Chrispim & C.^a, com fabrica de fiação á Pampulha — camarada que não avistára desde o meu grau de bacharel. Era este o louro Chrispim, que outr’ora no collegio dos Isidoros me dava beijos vorazes no corredor, e me escrevia á noite bilhetinhos promettendo-me caixas com pennas d’aço. Chrispim velho morrera: Telles, rico e obeso, passára a Visconde de S. Telles: e este meu Chrispim agora era a Firma.
Trocado um ruidoso abraço, Chrispim & C.ª notou pensativamente que eu estava «muitissimo feio.» Depois invejou a minha jornada á Terra Santa (que elle soubera pelo Jornal das Novidades) e alludiu, com amigavel regosijo, á «grossa maquia que me devia ter deixado a snr.ª D. Patrocinio das Neves...»
Amargamente mostrei-lhe as minhas botas cambadas. Parámos n’um banco, junto d’uma trepadeira de rosas; e ahi, no silencio