logo o annuncio do Xavier, porque ficou longo tempo fitando o canto da terceira pagina onde elle negrejava, afflictivo, vergonhoso, medonho.
Então pareceu-me vêr, voltados para mim, lá do fundo nú do casebre, os olhos afflictos do Xavier; a face amarella da Concha, lavada de lagrimas; as pobres mãosinhas dos pequenos, magras, á espera da côdea de pão... E todos aquelles desgraçados anciavam pelas palavras que eu ia lançar á titi, fortes, tocantes, que os deviam salvar, e dar-lhes o primeiro pedaço de carne d’aquelle verão de miseria. Abri os labios. Mas já a titi, recostando-se na cadeira, rosnava com um sorrisinho feroz:
— Que se aguente... É o que succede a quem não tem temor de Deus e se mette com bebedas... Não tivesse comido tudo em relaxações... Cá para mim, homem perdido com saias, homem que anda atraz de saias, acabou... Não tem o perdão de Deus, nem tem o meu! Que padeça, que padeça, que tambem Nosso Senhor Jesus Christo padeceu!
Baixei a cabeça, murmurei:
— E ainda nós não padecemos bastante... Tem a titi razão. Que se não mettesse com saias!