escuras e infindaveis que levam ao Campo de Sant’Anna! Em casa, nem tirei as botas enlameadas. Enfiei pela sala; e vi logo, lá ao fundo, no sofá de damasco, os oculos da titi, mais negros, assanhados, esperando por mim e fuzilando. Ainda balbuciei:
— Titi...
Mas já ella gritava, esverdinhada de cólera, sacudindo os punhos.
— Relaxações em minha casa não admitto! Quem quizer viver aqui ha de estar ás horas que eu marco! Lá deboches e porcarias, não, emquanto eu fôr viva! E quem não lhe agradar, rua!
Sob a rajada estridente da indignação da snr.ª D. Patrocinio, padre Pinheiro e o tabellião Justino tinham dobrado a cabeça embaçados. O dr. Margaride, para apreciar conscienciosamente a minha culpa, puxou o seu pesado relogio d’ouro. E foi o bom Casimiro que interveio, como sacerdote, como procurador, influente e suave.
— D. Patrocinio tem razão, tem muita razão em querer ordem em casa... Mas talvez o nosso Theodorico se tivesse demorado um pouco mais no Martinho, a ouvir fallar d’estudos, de compendios...
Exclamei amargamente:
— Nem isso, padre Casimiro! Nem no