aqui por causa d’uma rapariga... Adeus, tenho a egua á espera.

Montava — e de luva preta, a perna bem collada á sella, um botãosinho de camelia no peito, ia caracolando, em ocio e luxo, até ao largo do Loreto. Outras vezes deixava a egua no Arco do Bandeira, e gozava uma manhã regalada no bilhar do Montanha.

Antes do jantar, em chinelas, no oratorio com a titi, eu fazia a jaculatoria a S. José, aio de Jesus, custodio de Maria e amorosissimo patriarcha. Á mesa, adornada apenas por compoteiras de doce de calda em torno d’uma travessa d’aletria, eu contava á titi o meu passeio, as igrejas em que me deleitára, e quaes os altares alumiados. A Vicencia escutava com devoção, perfilada no seu lugar costumado, entre as duas janellas, onde um retrato de nosso santo padre Pio IX enchia a tira de parede verde, tendo por baixo, pendente d’um cordão, um velho oculo d’alcance, reliquia do commendador G. Godinho. Depois do café a titi, lentamente, cruzava os braços; e o seu carão sumia-se, dormente e pesado, na sombra do lenço rôxo.

Eu ia enfiar as botas; e, authorisado agora por ella a recrear-me fóra de casa até ás nove e meia, corria ao fim da rua da Magdalena, ao pé do largo dos Caldas. Ahi,