nas minhas gavetas, ficava a olhar a sua padroeira, desvanecida, sem saber se era á Virgem, ou se era a ella, indirectamente, que eu dedicava aquelle preito da luz e o louvor dos aromas. Nas paredes dependurei as imagens dos santos mais excelsos, como galeria d’antepassados espirituaes de quem tirava o constante exemplo das difficeis virtudes; mas não houve de resto no céo santo, por mais obscuro, a quem eu não offertasse um cheiroso ramalhete de Padre-Nossos em flôr. Fui eu que fiz conhecer á titi S. Telesforo, Santa Secundina, o beato Antonio Estronconio, Santa Restituta, Santa Umbulina, irmã do grão S. Bernardo, e a nossa dilecta e suavissima patricia Santa Basilissa, que é solemnisada juntamente com S. Hypacio, n’esse festivo dia d’agosto em que embarcam os cirios para a Atalaya.
Prodigiosa foi então a minha actividade devota! Ia a matinas, ia a vesperas. Jámais falhei igreja ou ermida onde se fizesse a adoração ao Sagrado Coração de Jesus. Em todas as exposições do Santissimo eu lá estava, de rojos. Partilhava sofregamente de todos os desaggravos ao Sacramento. Novenas em que eu rezei contam-se pelos lumes do céo. E o Septenario das Dôres era um dos meus dôces cuidados.