mais estranhos e esquisitos meios de prendê-lo a si. Já não importava tanto que ele amasse a outra, contanto que se casasse com ela!... Ser abandonada sendo formosa e livre, era uma monstruosidade! Depois, Ernestina já se humilhava a que o Luciano se deixasse amar, unicamente desde que pudesse dizer alto à vista de toda a gente, a verdade que sepultava na alma havia tanto tempo! Ser feliz com ele, por ele, dedicar-se-lhe completa, absolutamente, era o seu sonho.

Tinha fé que todo o seu carinho, todo o seu amor e cuidado cativariam o marido mais do que haviam cativado o amante!

No meio destes pensamentos, que se atropelavam desordenadamente no seu cérebro, a viúva foi interrompida por Sara que entrando na sala foi direita a ela.

Mãe e filha olharam-se, como adivinhando-se.

Subitamente a moça, que era como fora o pai, de uma franqueza arrojada, disse num tom sacudido e firme:

- Tenho que lhe dizer.

- Ah!...

- Deu-me ontem a entender que o Eugênio Ribas quer casar comigo...

- Sim, quer.

- Pois eu não quero.

- Oh! Ele é um moço excelente, muito bem educado.