Mudara de vestido, estava agora de chita; com uma saia e um casaco da cozinheira. O toucado dava-lhe ares de macaco velho, desconfiado, ainda não acertado ao ritmo do realejo.
- Vá descansar! disse-lhe D. Candinha.
- Não; fico. E agora já não tenho sono... já não tenho nada...
E os seu olhinhos castanhos encheram-se de lágrimas.
Entretanto, no quarto de Sara, Luciano e Georgina conversavam acerca da doente:
- Tem reparado numa coisa? perguntou ele.
- Em que?
- Nos raros momentos em que Sara parecia melhorar, mostrava-se aflita com a minha presença!...
- É verdade...
- Notou também isso?
- Notei.
- Julguei que pudesse ser uma ilusão minha...
- Não foi. Sara quando o viu e o reconheceu teve um grande abalo; tornou-se roxa; não viu como ela fechou apertadamente os olhos?
- Porque me odiará ela?
- Ainda o senhor pergunta?
Georgina agravava os remorsos de Luciano, vingando a amiga. Outras vezes falavam-se como irmãos, elogiando Sara, recordando em comum