Ernestina, muito impaciente, arrastou a filha consigo.
De longe em longe alguns conhecidos faziam-nas parar, manifestando espanto por encontrá-las na cidade, tão raro isso era. Sara ria-se, Ernestina respondia, seguindo com o olhar a turba que passava. Em uma dessas ocasiões conversavam com um velho, amigo do finado Simões quando Ernestina julgou ver Luciano ao longe.
Foi uma lástima! o velho falava-lhe sem que ela percebesse nada e apressou-se em despedir-se, cortando uma frase que o pobre homem começava a dizer. Estranhando os movimentos da moça, ele não se pôde coibir e perguntou:
- Procura alguém?
- Não!... respondeu Ernestina embaraçada; há muito tempo que não saio e esta bulha incomoda-me. Vou para casa.
Entretanto, seguiu caminho oposto e até as 6 horas subiu e desceu a rua do Ouvidor, deixando Sara comprar o que lhe aprouvesse, sem a mínima intervenção, num verdadeirosuplício.