amarellos: nomeavam-se tão somente os comedores de peixe, comedores de lotus, os sitophagos, os ichtyophagos, os lotophagos, accrescentando Bérard que a classificação dos homens em "phagos" é mais realista e mais verdadeira do que a classificação em "phonos", isto é, embasada nas linguas faladas.
O geographo russo Voelkof, em 1909, em dois artigos publicados no orgão official da Sociedade de Geographia de França, patenteou a relevância dos problemas da geographia da alimentação, esboçando uma classificação das gentes consoante as modalidades da alimentação pelos cereaes, pela carne e pelos lacticinios, terminando por formular algumas conclusões a respeito do futuro da alimentação, passíveis apenas de objecções pelo exclusivismo de vegetariano convencido e militante que é o notável mestre moscovita.
Menor não foi a contribuição que trouxe aos novos estudos o professor allemão Lichtenfelt, publicando em 1913 a sua obra — Die Qeschichte der Ernaehrung — A Historia da Alimentação. As 365 paginas desse formoso trabalho são manancial abundoso de suggestões para historiadores e geographos, revelando-se-nos em linhas muito claras toda a importância economica e social do problema da nutrição humana.
Jean Brunhes, que escreveu profunda synthese da Geographia Humana em livro admirável que o consagrou a maior autoridade do Mundo latino em tão bellos grangeios, na lição inaugural de um curso de "Anthropographia" no Collegio de França, chama a attençõo dos estudiosos para um livro intelligente apparecido em 1912, da lavra de um illustrado engenheiro e viajante que se occultou sob o pseudonymo de Ali-Bab. Nesse trabalho intitulado — Gastronomia Pratica. Estudos Culinários, — o seu autor traceja um