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sua empreza. O que queria em primeiro lugar era collocar-se nas visinhanças de Leoncio, a fim de poder colher informações e investigar se por ventura algum recurso haveria, para obrigar o senhor de Isaura a manumittil-a.

Desembarcou na côrte com o fim de dirigir-se brevemente para Campos. Antes porém de partir para seo destino, procurou colher entre as pessoas do commercio algumas informações a respeito de Leoncio.

— Oh! conheço muito esse sujeito, — disse logo o primeiro negociante, a quem Alvaro se dirigio. — Esse moço está fallido, e em completa ruina. Se Vª. Sª. tambem é credor delle, pode pôr as suas barbas de molho, por que as dos visinhos estão a arder. Essa casa bem liquida, mal dará para um rateio, em que toque cincoenta por cento a cada credor.

Esta revelação foi para Alvaro como um relampago que se abre aos olhos do viandante extraviado em noite tormentosa, mostrando-lhe de repente e bem ao perto o albergue hospitaleiro que demanda.

— E Vª. Sª. por ventura é tambem credor desse fazendeiro? — perguntou Alvaro.

— Infelizmente, e um dos principaes...

— E a quanto montará a fortuna do tal Leoncio?

— A menos de nada presentemente, pois como