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guel, ella ia casar-se por assim dizer forçada. O senhor Leoncio, como condição da liberdade della obrigava-a a casar-se com aquelle pobre homem que Vª. Sª. ali vê.
— Com aquelle homem?! — exclamou Alvaro cheio de pasmo e indignação, olhando para o homunculo que Miguel lhe indicava com o dedo.
— Sim, senhor, — continuou Miguel, — e se ella não se sujeitasse a esse casamento, teria de passar o resto da vida presa em um quarto escuro, incommunicavel, com o pé enfiado em uma grossa corrente, como tem vivido desde que veio do Recife até o dia de hoje...
— Verdugo! — bradou Alvaro, não podendo mais sopear sua indignação. — A mão da justiça divina pesa enfim sobre ti para punir tuas monstruosas atrocidades!
— O’ que vergonha!.. que opprobrio, meo Deos! — exclamou Malvina, debruçando-se a uma mesa, e escondendo o rosto entre as mãos.
— Pobre Isaura! — disse Leoncio[1] com voz commovida, estendendo os braços á captiva. — Chega-te a mim... Eu protestei no fundo de minha alma e por minha honra desaffrontar-te do jugo opressor e aviltante, que te esmagava, por que via em ti a pureza de um anjo, e a nobre e altiva resignação da martyr. Foi uma missão santa, que julgo ter recebido do céo, e que hoje vejo coroada
- ↑ Alvaro