apenas impelidas, desciam vertiginosamente.
Dr. Gervásio olhava interessado para dentro, quando sentiu uns passos arrastados; voltou-se: o Ribas estava a seu lado, tranqüilo mas amarfanhado, atando com mãos ligeiramente trêmulas a gravata suja.
— O senhor já passou a rua Funda!
— Nesse caso voltaremos.
E voltaram, sem que o médico diminuísse de atenção, achando curioso um ou outro telhado colonial, de beiral estendido, uma ou outra sacada de rótulas, com janelas baixas, de caixilhos miúdos, muito velhinhas, sugerindo lembranças, provocando divagações... Então ele parava, erguendo o queixo bem barbeado, a olhar para aquilo. O Ribas não compreendia, e ficava à espera, com ar estúpido e os braços pendurados.
Passavam por um armarinho, quando o Ribas, não se contendo. disse com orgulho:
— Esta loja é de minha irmã... ela está ali... o senhor dá licença?
— Pode ir.
Dr. Gervásio olhou. Em um balcão tosco e estreito almoçavam um homem macilento e uma mulher moça, grávida, vestida de chita preta, sentada em um banco, com crianças nuas