em que nasci! pensou Camila levantando-se.
Empurraram a porta. Era o Dionísio que vinha saber se o patrão precisaria do carro. Ouvira falar na véspera em um almoço na Gávea.
Mário respondeu com impaciência e sem abrir:
— Não preciso de nada! Depois voltou-se e foi direito à mãe; puxou-a para si, beijou-a na testa e, com carinho:
— Diga a meu pai que hoje mesmo me despedirei dela...
Quando Camila saiu do quarto, sentiu-se agarrada pelas filhas gêmeas, que a puxavam para o jardim, gritando com entusiasmo:
— Venha ver, mamãe!
— Que coisa linda, mamãe!
— O homem disse que foi papai que mandou!
— Adivinhe o que é!
— Diga; sabe o que é, mamãe?
A mãe não respondia; deixava-se levar sem curiosidade, toda trêmula ainda, revendo no fundo da sua alma o rosto do filho ao dizer-lhe aquelas palavras terríveis. As crianças