— Eu gosto mais!
— Mentira! quem gosta mais sou eu!
— Eu acho mamãe muito bonita!
— Eu também acho.
— E se eu fosse feia... bem feia... se... por exemplo, eu tivesse bexigas e ficasse marcada, sem olhos, com a pele repuxada... ainda assim vocês gostariam de mim?
— Muito, muito!
— Se Deus me desse uma doença repugnante... como aquela doença do Raimundo, sabem? a morféia, e que todos fugissem de mim com nojo e com medo... que fariam vocês?
— Eu havia de. estar sempre ao pé de mamãe! Havia de lhe meter a comida na boca; mudar-lhe roupa e contar-lhe histórias...
— E eu havia de dormir na mesma cama que mamãe...
— Por que é que a senhora diz isso?! Não chore, mamãe!
Camila beijou as filhas com transporte, e uma grande serenidade caiu sobre o seu rosto pálido. Poderia contar com alguma coisa, as filhas defendê-la-iam dos maus tratos do mundo.
A campainha do almoço repicava no primeiro