se logo para Camila, com olhar ansioso, estendendo-lhe os braços. Ela caiu-lhe em cheio sobre o peito largo e riu-se, pedindo desculpas. Era tão pesada! Ele corou, tonto, trêmulo, sem achar uma palavra com que lhe respondesse.
Francisco Teodoro, cuidadoso da cartola e das abas da sua ampla sobrecasaca, não prescindiu da mão auxiliadora do capitão; o dr. Gervásio veio por fim, tirando num cumprimento o seu chapéu mole.
Em cima, no tombadilho, marinheiros passavam vagarosos, indiferentes pelos visitantes. Junto ao portaló, estava uma senhora, a mesma, evidentemente, que eles tinham avistado da lancha.
Era uma mulher delgada, branca e loira, com um par de olhos semelhantes aos do capitão Rino, de um azul de faiança, e uma fisionomia vaga, de anjo decorativo. Contrastando com o tipo, trazia uma toilette escarlate, que lhe dava valor à pele cor de lírio pálido, e parecia uma ofensa ao seu corpo virginal. O capitão apresentou-a logo a todos com duas palavras:
— Minha irmã.
Foi depois, aos poucos, durante a visita do Netuno, que viram desde o tombadilho até ao porão, que souberam que essa