irmã, até ali ignorada, se chamava Catarina, e vivia em companhia da madrasta, senhora viúva, em uma frondosa chácara do Cosme Velho.
Catarina ajudava o irmão a mostrar o Netuno, e por vezes as suas explicações tinham maior clareza que as dele. Se ele parava, ela tomava-lhe a palavra cortada. completava-a e seguia para diante com todo o desembaraço.
Depois de percorrerem o navio, o capitão Rino convidou todos para um vermouth gelado, na rua Câmara.
O espaço não era grande. Camila, Ruth e Catarina apertaram-se no mesmo divã, de marroquim cor de azeitona, encaixilhado em cedro, Francisco Teodoro recostou-se em uma poltrona ao pé da mesa, enquanto o médico se arranjava ao lado de uma estante esguia, abarrotada de livros, e o capitão, em pé, narrava ao negociante vários episódios das suas viagens ao norte.
Que país! que maravilhoso pais este nosso! completava ele.
— É pena não ter povo. sentenciou Teodoro.
— Não é pena. Todas essas terras, ainda hoje virgens, serão num dia melhor a glória do mundo, quando ele, esgotado pela exploração