— Realmente, foi um ato de amor filial, muito digno... murmurou o Lemos, assoando-se com estrondo.

Isidoro entrou com o café e a conversa generalizou-se. -

— Então, senhor Teodoro, é verdade que o Joaquim é seu interessado?

— É...

— Inda bem. Você não parecia português, homem; você parecia inglês!

— Por que?

— Por não querer sócios. Um casão destes pode enriquecer muita gente. Olhe que é um erro isto de querer tudo para si.

Sim, pensou Francisco Teodoro, a vida é curta, e uma fonte cavada com tanto esforço é justo que dê água com abundância para muitas sedes...

Já o Isidoro recolhia as xícaras quando entrou o João Ramos, a bufar de calor. Pediu notícias da saúde de todos e mesmo antes de ouvir as respostas vasou quanto sabia acerca dos negócios. Vinha da casa do Lessa, que auferira lucros extraordinários de uma especulação de café. Ele também se metera em grandes empresas; sacou papelada que lhe enchia os bolsos e representava muitos contos de, réis.