um filho, com umas lembranças murchas, para ela, no fim da carta.
Ao princípio, a idéia daquele irmão, que não veria talvez nunca, sensibilizava-a; depois deixou de pensar nisso... Para quê?
Foi só depois de mulher que Nina começou a amar a mãe; amor ignorado por todos e que ela cultivava como um segredo caro. Sondai bem o coração mais puro, que lá no fundo achareis um mistério, alguma coisa que existe e que se nega, ou porque faça corar ou porque faça sofrer.
Nina tinha vexame de perguntar pela mãe e ardia em desejos de saber dela. Onde estaria essa mulher repudiada?
Ninguém lho dizia; assim, ora a imaginava na sepultura, e era a idéia mais consoladora, ora regenerada, mas sozinha... ora em um desses recantos negros da cidade, já velha e ainda atolada no vicio, batida, escarnecida, miserável.
No meio da treva, que ela interrogava com ânsia, pareceu-lhe sentir a alma impenetrável da mãe solicitando-a nó agoniado suspiro do vento; então estendeu os braços, soluçando, no desejo da Morte, para o encontro definitivo das duas almas e a fusão de um beijo eterno, que redimisse uma e desse à outra a sua primeira alegria.