lhe pedir o nome e o capital para qualquer empresa.

Tinha-se aparelhado já com algumas evasivas e preparado para uma certa condescendência, que o valor do homem o obrigava a ter. O seu capital, avolumado, podia com lucro tomar diversas derivações, fertilizando zonas e expandindo a sua força; tudo estava no crédito de quem lho pedisse, e nas vantagens que lhe oferecessem.

E era só em negócio que Francisco Teodoro fazia caso do dinheiro. No mesmo dia em que assinava vinte ou trinta contos para um hospital ou uma igreja, numa penada rija e franca, recusava emprestar a qualquer pobre diabo cinco ou dez contos para um começo de vida.

O seu dinheiro, adquirido com esforço, gostava de mostrar-se em borbotões sonoros, que lampejassem aos olhos de toda a gente.

Queria tudo à larga. Era uma casa a sua em que as roupas, as comidas e as bebidas atafulhavam os armários e a despensa até a brutalidade. Dizia-se que no palacete Teodoro os cozinheiros enriqueciam e que a vigilância trabalhosa da Nina não conseguia atenuar a impetuosidade do desperdício. As próprias dívidas do Mário faziam vociferar o negociante,