— Que queres? Nem todos nascem para doutores.
Não havia alusão. Francisco Teodoro tinha na mulher a fé mais cega; todavia, ela corou e não se atreveu a voltar o rosto para o lado do filho.
Findo o almoço, a Noca cercou a Nina na copa para lhe perguntar:
— Que foi que eu lhe disse hoje?
A moça, aturdida, não se lembrava; a mulata explicou:
— Menina, pois eu não lhe disse que ver borboleta azul é sinal de boa nova?
— Borboleta azul?...
— Gente! já se esqueceu que hoje de manhãzinha viu uma borboleta azul? Pois olhe: ela veio lhe avisar que você havia de receber este bonito dote... E ainda há quem não acredite!
— Sim, é verdade, você me disse...
E a moça sorriu; mas havia no seu sorriso uma mescla de ironia e de doçura.
Na segunda-feira, às duas horas da tarde o Inocêncio Braga apresentou-se a Francisco Teodoro no seu escritório da rua de S. Bento para buscar a papelada; mas o negociante esquecera-se dela