de nação, com a sua cantilena triste, de africanos. Era mais bonito.
As pás iam e vinham cantando, num compasso bem ritmado, sempre seguido da voz: eh, eh! eh, eh! E agora mal se via um preto nesse serviço! E ainda acham que as coisas se alteram devagar!
Rolavam pelo chão grãos de café, como contas de cimento, e na atmosfera carregada mal se podia respirar. Francisco Teodoro voltou. O caminhão estava já à porta e os carregadores andavam nas suas corridas afanosas. Ia subir, quando foi abordado por um dono de trapiche, o Neves, que, vendo-o da rua, entrou para lhe pedir a freguesia, acrescentando para o estimular:
— Agora mesmo venho ali do seu vizinho, o Gama Torres, que me tem mandado lá para o trapiche um número assombroso de sacas!
O movimento do armazém interrompia-os de instante a instante. Francisco Teodoro mal respondia, com as idéias desviadas para outro sentido.
Pensava no Gama Torres, de quem toda a gente lhe falava com elogio e pasmo. Aquele está destinado a ser o primeiro homem da praça dissera-lhe o Inocêncio, e o Inocêncio