— Já sei disso... bem. Mandou as contas para cima?

O outro disfarçou um movimento de enfado e mal respondeu: - sim, senhor; depois gritou para o fundo:

— Seu Ribas!

O Ribas cruzou-se com Francisco Teodoro, que seguiu até a área, a ver ensacar o café.

A gente do armazém tinha quizília à do escritório: fazia valer os seus serviços, deprimindo os alheios. Seu Joaquim considerava-se o melhor empregado da casa e gostava de mostrar as suas exigências. Os caixeiros temiam-no; mas o pessoal de cima tratava-o com certa sobranceria, que ele não perdoava.

O velho Mota, ajudante de guarda-livros, ainda era o único que lhe dispensava amabilidades e cortesias; mas, mesmo nisso, seu Joaquim lia uma adulação. Com certeza o velho só pensava em impingir-lhe a filha, que mirrava os seus trinta anos em um sobradinho da rua Funda.

Francisco Teodoro demorou-se um bocado na área vendo ensacar. Passou-lhe pela lembrança o tempo dos escravos, quando esse trabalho era exclusivamente feito pelos negros